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setembro 20, 2002
 
Sinais - Signs

O que posso dizer desse filme? Em primeiro lugar diria que é um ótimo suspense. O indiano mais amado dos EUA depois de Deepak Chopra usou e abusou de melhores truques do Hitchcock e até bolou alguns novos e surpreendentes, como na cena do porão, onde a lanterna cai no chão e a câmera acompanha a "visão" da lanterna, enquanto você ouve os barulhos. Genial. Como conteúdo o filme deixa muito a desejar. Temas como fé, coisas que não acontecem por acaso e "Deus" não são exatamente o meu forte. O "Senhor Noite Shayamalan" insiste muito nisso chegando a encher o saco, apesar de um ou outro diálogo inteligente. O filme caminha nessa linha mais do que óbvia, culminando em um final no mínimo piegas. Sem contar com os "defeitos" especiais. Os tais aliens são muito mal feitos para os padrões hollywood, além de várias incoerências que eu não vou citar aqui para não perder a graça. Enfim, meu overall rating fica em 6,5.



agosto 22, 2002
 
Especial Eleições

Continuando a saga política desta revista eletrônica de variedades, mostraremos fotos impagáveis de um dos maiores estadistas deste país, Jânio Quadros. Para aqueles que, como eu, se divertem com as propagandas dos atuais candidatos "nanicos", como Enéas, Marronzinho e Levy Fidelix, tenho uma péssimo notícia. Nascemos na época errada. Jânio Quadros era a própria comédia política. Fazendo questão de mostrar caspa em seu terno e sanduíches de mortadela em seus bolsos, Jânio Quadros não só era identificado como populista, mas também como palhaço, característica essa que faz dele um grande estadista, afinal, política não é coisa séria. ;)


"Jesus, fuck me with the microphone!"

"Que esta forma decadente se transforme em Jânio-Ra, o ser eterno!"

Vovô e sua leitura matinal.

Para quem ele está olhando?

Jãnio bon vivant.

Naquela época nossos estadistas já se prostituiam para o FMI.

 
Nota do editor: A Hiccup In Paradise, sua revista eletrônica de variedades, apresenta uma nova seção. Um dos aspectos mais cômicos das eleições são, sem dúvida, os slogans dos candidatos. Aqui vai uma breve coletânea de slogans de vários anos. Alguns ridículos, outros engraçados, e a maioria sem noção:

Battochio - Seriedade Política Existe

Pitta - Trabalho e Coragem

Campos Machado - A Esperança Não Pode Morrer

Zé Dirceu - Eu Voto no Presidente do PT

Farabulini - Janista Histórico

Lula em 82 - Ex-engraxate, ex-tintureiro, ex-metalúrgico, ex-sindicalista, ex-preso político: um brasileiro igual a você!

Turco Loco - Sou louco por skate/rap/moda/natureza

Quércia - O Voto do Povo

Pedro Geraldo Costa - Bosta por bosta, vote Pedro Geraldo Costa!

Collor - Vamos Collorir o Brasil!

Enéas - Solução Inteligente? Doutor Enéas Presidente!

Afif - Junto Chegaremos Lá!

João de Deus - Sou João de Deus, candidato em nome de Vaaaaaaaaaaargas!

Oscar - Oscar para senador! Para senador Oscar! Oscar para senador! Para senador Oscar!

Eymael - Ey-Ey-Eymael! Um Democrata Cristão!

(???) - Brasil é Penta, vote 40-80

(???) - É 2512, o dia do Natal, 2512

Kassab e Rodrigo - Quem sabe sabe, vota comigo, Federal é Kassab, Estadual é Rodrigo!

PV - Água é vida. O PV sabe disso.

Apolinário - Vamos pôr SP nas mãos de Deus!

julho 04, 2002
 
O Jogo dos Espíritos
(Long Time Dead - 94 min / 2002)
Direção: Marcus Adams
Produção: James Gay-Rees



Primeiro filme de Marcus Adams, com atores ingleses feios e desconhecidos, é pródigo em nos trazer um filme de terror de qualidade. Na verdade, o melhor dos últimos tempos, desde "A Bruxa de Blair". A história é simples. Um grupo de jovens estudantes de Londres, depois de uma sessão de álcool e drogas, resolvem brincar com a famosa tábua Ouija. Eles libertam um espírito maligno que começa a matá-los um a um. É simples mas não é boba. Por incrível que pareça há uma trama razoavelmente complexa para um filme do gênero por trás. Outro ponto forte é que certas coisas são reveladas só no final, inclusive a cena final, o que ajuda a manter o suspense durante todo o tempo. Não me lembro de filme recente onde é possível tomar tantos sustos quanto este.

Se você é fã de filmes de terror, este é um candidato a clássico e você se arrependará se não o vir na telona enquanto é tempo! Se você acha esse gênero meio bobo mas gosta de tomar sustos, vá do mesmo jeito! Se você é cético quanto a essas coisas de espíritos, o filme abre uma brecha para você. Antes de fazerem a brincadeira, reparem que o grupo toma todos os tipos de drogas, desde maconha até cocaína (esta última em uma cena antológica onde eles cheiram no trilho do trem), ou seja, seria tudo uma grande ilusão? :) (não, este não é mais uma cópia de Sexto Sentido, podem comprar seus ingressos)

8 / 10 (dentro do gênero)

Destaques: atores feios, muitos sustos, drogas, trama complexa, mistérios

 
Star Wars - Darth Maul (mini-série em duas edições - Pandora Books)



Aproveitando-se da febre Jedi que assola não só o país mas como todo o mundo a cada novo lançamento da primeira trilogia, a Pandora Books está lançando alguns quadrinhos sobre o tema da ótima editora Dark Horse. Se hoje foi uma mini-série com o vilão do Episódio 1, Darth Maul, amanhã será "A Caçada de Darth Vader", o primeiro confronto entre o futuro Anakin e seu filho Luke, aventura inédita e passada entre os episódios 4 e 5.

Nota 10 para a iniciativa da Pandora, que trouxe quadrinhos sobre Star Wars e, melhor ainda, da Dark Horse. Mas tenho que ser duro, a história em si não é das melhores. Não sei se é ruim por definição ou se é relativo, afinal o parâmetro que temos para Star Wars são os filmes, e não é a toa que os quadrinhos soam estranhos. A arte é bem feita, sem dúvida, mas o argumento deixa a desejar. Primeiramente o fã normal de Star Wars, como eu (alguém que vá na pré-estréia vestido de Darth Vader NÃO é normal), não está tão familiarizado com algumas coisas que os quadrinhos assumem como conhecidas. Aliás, desconfio que muitas delas realmente não são conhecidas. O leitor entra em contato com um turbilhão de informações nas primeiras páginas, e as seguintes são preenchidas com cenas indecifráveis de pancadaria. A plástica de uma luta de sabre de luz nos quadrinhos realmente não é algo muito agradável. Ponto forte para o personagem título. Em uma de suas primeiras missões para os Sith, Maul mostra toda sua frieza em aniquilar a maior máfia da galáxia.

6 / 10

Destaques: Darth Maul


junho 18, 2002
 
Nelso Gonçalves - 50 Anos de Boemia



O Frank Sinatra brasileiro não só era musicalmente genial, como tinha atitude. Comparável à Tim Maia e Zeca Pagodinho, a história da melhor voz que esse país já teve começou no Brás, em São Paulo, onde foi criado. Bastante impulsivo e violento, aos 16 anos foi campeão paulista de boxe na categoria peso-médio. Envolveu-se com a boemia e a música quando trabalhou como garçom no bar de seu irmão, na Avenida São João. Ao se mudar para o Rio, começou sua carreira de músico como crooner do Cassino Copacabana Palace.
Rodou o Brasil todou e fez alguns shows internacionais. Em Nova York, sua voz foi elogiada por ninguém menos do Frank Sinatra. No final dos anos 50 envolveu-se com cocaína, chegando a ser preso em flagrante. Sua vida pessoal parecia misturar-se aos dramas descritos em suas músicas. Nelson viveu e retratou plenamente a sua própria arte. Ele, que estudou muito música, tinha uma técnica acabada e completa em afinação, harmonia, respiração, tônicas e divisão de palavras. Nelson marcou para sempre os boleros, os tangos, os foxes e qualquer coisa que cantasse. Enobreceu a dor-de-cotovelo, fez do brega uma coisa chique de uma maneira pioneira, toda sua.
Nelson conseguiu reunir vários apelidos e títulos tais como, Rei do Rádio, Metralha (por ser gago), malandro, rouxinol, Frank Sinatra brasileiro, macho brasileiro, herói etc. Somente o tempo e o distanciamento histórico necessários para se entender melhor a dimensão e importância de Nelson Gonçalves para a música brasileira. Muita coisa precisa ser feita a seu respeito. Como ele mesmo disse, "sou uma espécie de dinossauro".
Escrevo aqui mais para homenagear esse peso-pesado da música do que para comentar de um album específico. No entanto, recomendo a coletânea em 3 volumes "50 Anos de Boemia". Para aqueles que não tem mente aberta, é verdade, Nelson Gonçalves não tem guitarras distorcidas, mas distorce a realidade cantando a boemia, a bebida e a orgia.

10/10

Destaques: A Volta do Boêmio, Naquela Mesa